2005/11/08

A gripe das aves




Como surpreende, melhor dizendo, maravilha, a diversidade do entendimento humano sobre a mesma realidade que a todos cerca. Não a existência de tal diversidade que a idade, seguindo-se à escola, a todos mostra. Mas a sua álacre manifestação em nossa presença.

Era para combinar um almoço mas a conversa resvalou para o pavor. Se acho que devemos tomar medidas desde já? mas que medidas? Pois... mas... o caso é que assim alguém da família vai morrer... de acordo com as estatísticas. Tentativas bem dirigidas para desviar. Então sempre é verdade que o Martinho já está mesmo separado da Sofia? E a Célia, a Célia! disse-me a Joana que vai mesmo abortar a Badajoz. Consegui. Consegui livrar-me da Teresa, do pânico, das aves, da gripe e sem dar fôlego, fingi que tinha acabado e pim na tecla vermelha.
Meia hora depois. Metropolitano. Linha azul. Sete e meia da tarde. Cada um consigo mesmo e aquelas duas, descuidadas ou sem cerimónia, a fazerem-se ouvir. Oh, oh, oh, então vou lá agora ligar a isso! Ora, ora, essa é boa! se se quisessem preocupar com epidemias preocupavam-se com a droga e com o álcool. Vê lá se falam em vacinas para isso! Mas... mas... Qual mas, oh oh, quais aves! quais gripe! vou lá agora acreditar nisso. Fizeram mas foi alguma vacina que não se vende e agora querem que a gente vá a correr comprá-la. Ná, ná, eu cá não, eu não...

Se isto é assim com as aves... com as aves... com as aves... que admiração uns serem pelo Soares e outros pelo Manel.

1 comentário:

Micas disse...

Querido amigo, gostei de o ler nas entrelinhas...
Eu não tenho qualquer dúvida sobre qual candidato apoiar, porque desde há muito defendo que poderá ser uma boa alternativa dentro do PS, espero não estar enganada, para já continuo a acreditar;)
Beijinho e boa semana