2010/10/29

Debbie Harry? "Eh pá ela é linda, linda de morrer" dizia-me ele, aí pelos anos 70 ou 80


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Debbie Deborah Ann "Debbie" Harry (Miami, 1 de julho de 1945) é uma cantora e compositora de punk rock/new wave dos Estados Unidos da América. Tornou-se famosa quando vocalista e líder com Chris Stein da banda de new wave Blondie. Deborah fez posteriormente carreira a solo como cantora, e também como atriz, em mais de 30 filmes.
Li por aí algures que Madona, afirmava que Debbie tinha sido o seu ídolo e fonte de inspiração .

"Linda, loira e polémica, a cantora Debbie Harry era considerada, nos anos 70 e 80, a mais cool, sexy, hype, jet-setter, style, up-to-date e todos estes adjetivos em inglês usados para designar gente sensual, moderna e antenada. A mulher que todas as outras queriam imitar, e que todos os homens queriam ter." Conversa da Globo e com aquele "antenada" brrrr.  [Aqui]

As  imagens podem ser tomadas como um exercício de crueldade mas representam apenas o retrato do caminho que não conseguimos evitar.
(Isto foi escrito em 2010. Estava aqui no blog, subterrâneo, em forma de rascunho, esquecido ou sem "pinta" para merecer publicação

2010/10/26

Hoje,a esta hora, há 40 anos

Contra a ditadura fascista,  contra a guerra colonial, pela democracia, pela liberdade, lutávamos então.
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Hoje, a esta hora, neste momento, há quarenta anos, entrei para o carro do António Pedro Ferreira e... os dados estavam lançados. Agora ou tudo corria bem ou ...  Toda a planificação do Comando Central, Jaime Serra, Chico Miguel e este, que vos conta isto... todo o meticuloso trabalho de preparação, técnico e de organização tinha sido adequado e perfeito ou... Estarão todos nos locais marcados para o encontro à hora certa? Sem falha, sem medo (medo não faz mal desde que controlado)? O António Pedro Ferreira estava, já estou no carro dele, e o António João Eusébio, e o Manuel Policarpo Guerreiro e o Carlos Coutinho e o Gabriel Pedro? Estes dois  que constituem o comando e vão com duas poderosíssimas minas sabotar o mais moderno transporte de mercadorias para as guerras coloniais, o navio Cunene. Estarão todos? Ninguém arranjará uma desculpa para faltar? Não. Ninguém falhou. Estavam todos. À hora certa,  no seu local combinado. Cada um no seu sítio e um a um, a cada um distribuí a  sua tarefa. Gabriel Pedro, com 70 anos, sim com SETENTA  anos, estava ali como o mais jovem de nós e ele tinha a tarefa mais delicada pois tinha de roubar o barquito a remos, ali nas barbas dos guardas fiscais, para ir com o Carlos Coutinho e as cargas explosivas, já engravidadas para explodir às 5h da madrugada, cinco quilómetros a remar, Tejo abaixo desde Cabo Ruivo até à Rocha de Conde de Óbidos.
Estavam todos à hora certa no sítio certo. Ninguém faltou. Nem o barquinho a remos nem o grande navio Cunene e às 5h, sem vítimas, o cais e Lisboa,  ali à volta, acordaram.
Ia eu com medo, assustado, a pensar no perigo? Nem eu nem nenhum de nós tinha vagar ou disposição para isso. Só o objectivo, a missão a cumprir nos absorvia, totalmente, com o seu irresistível apelo.
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Mais? No site sobre o livro da ARA e em particular nos extratos do livro.