2005/01/28

Auschwitz e o Holocausto

Em 1983 visitei com a Maria Machado e um casal amigo "O Campo da Morte" de Auschwitz (Oswiecim em Polaco)e o campo anexo Birkenau. Não há palavras para descrever o horror, a raiva, a indignidade humana do que ali se passou. É preciso conhecer e não esquecer. Para que não se repita.

 Vão a caminho das câmaras de gás. Velhos e crianças produziam pouco. 

Direito à distração: no Campo os guardas e as ajudantes a divertirem-se entre duas chacinas de prisioneiros.


Adolf Hitler:

“I freed Germany from the stupid and degrading fallacies of conscience, morality... we will train young people before whom the whole world will tremble. I want young people capable of violence, imperious, rentlessiously and cruel.”


Heinrich Himmler, october 1943:

“We came to the question: what to do with the women and children? I decided to find a clear solution here as well. I did not consider myself justified to exterminate the men - that is, to kill them or have them killed - and allow the avengers of our sons and grandsons in the form of their childreen to grow up. The difficult decision had to be taken to make this people disappear from the earth.”



Em cima à esquerda:Auschwitz I. Entrada do campo com a cínica legenda “Arbeit Macht Frei” (o trabalho liberta).Auschwitz was established by order of SS Reichführer Heinrich Himmler on 27 April 1940.
Em cima à direita: vista do Campo de Birkenau: About 3 km outside the mother camp, Auschwitz I, another camp, KL Auschwitz II – Birkenau, was located. This was the largest section of all three camps. The camp was built in March 1942 in the village Brzezinka. It consisted of about 250 barracks divided on 175 ha of land. Today only a small number of the barracks remain.
The prisoners in August, 1944, numbered around 100,000. As many as 200,000 prisoners were confined here during its peak.On the left (as seen from the tower) are the brick barracks of which only 45 remain today. On the right 22 wooden barracks may be seen. The rest were destroyed by the SS near the end of the war. Remnants of these barracks can be recognized by their chimneys. The camp had 4 crematoriums with gas chambers. The SS also used fire pits and funeral piles to burn bodies.
Em baixo à esquerda Um forno crematório: One out of the three chambers in the crematorium at Auschwitz I. When in operation, the crematorium had a capacity for incinerating 350 bodies per day. In each chamber 2-3 bodies were placed. In 1941 and 1942 Soviet prisoners of war and Jews from the ghettos established by the Nazis in Schlesien were murdered in this crematorium.
The crematorium was in use from 1940 - 1943. The ashes were used as fertilizer or as filling in nearby creeks and ponds. The last gassings took place in November 1944. Just prior to the liberation of the camp the SS dismantled and blew up the crematoriums. The ruins can be seen today.
Em baixo à direita: o interior de uma câmara de gás: Auschwitz I. Crematorium, mortuary used as a gas chamber.It was originally used as storage room for ammunition. September 3, 1941 experimental gassing on Soviet prisoners using Zyclon-B.

2005/01/27

Freitas Socialista

Ia eu no trânsito a tiritar com a anunciada vaga de frio que, talvez para contrariar os bem avisados alertas não veio mas depois quando já não vinha afinal veio
… ia eu na estrada quando a Antena I me anuncia:

"na sua crónica da Visão que hoje saíu, o Professor Freitas do Amaral diz que vai votar no PS. Afirma que Sócrates foi um bom Ministro do Ambiente e vai ser um 1º Ministro à altura de pôr isto na ordem. E… e para que reste alguma coisa do país, após as experiências de Santana Lopes, é indispensável que o Partido Socialista tenha maioria absoluta."
Foi isto. Mais ou menos. Estou a citar de memória. E, para a alegria do trânsito, o atento locutor, acrescentou: agora o nosso analista Raul Vaz vai fazer o seu comentário.

"Bom… já se sabe… o Professor Freitas do Amaral quer ser candidato à presidência da República e precisa do apoio do PS. Isto é, quero dizer, ele está a dizer isto por profunda convicção e não tem relação nenhuma com a sua hipotética candidatura. Aliás ele é de direita ou seja é de esquerda. Foi fundador do CDS apoiou Durão Barroso e pede o voto para os socialistas porque não gosta de Santana Lopes. Nada disto admira porque ele apoia totalmente Francisco Louçã e a extrema esquerda. Estou a falar do Iraque, certamente…

travei a fundo para não bater no carro da frente que surpreendentemente resolveu parar num sinal amarelo, Como se isto do Iraque pudesse ser critério de separação de águas entre esquerda e direita!!!…Ainda apitei instintivamente mas logo me arrependi, ou melhor, não, reparei que era uma mulher por sinal bastante mais nova que eu, sorri, abanei com a mão a fazer as pazes e compus o cabelo. Tenho uma secreta inveja das mulheres que guiam e conseguem parar nos sinais amarelos. Paciência. Lóbulo esquerdo do cérebro na mulher e o direito no Raul Vaz, a ouvi-lo…

… dizendo isto – dizia ele - não estou a concluir que o Professor Freitas do Amaral seja esquerdista porque sem dúvida que é um homem da direita excepto naturalmente quando não é. E estando ele agora a dizer isto também pode noutras circunstâncias pensar o contrário. Portanto não há dúvida que o Profess …

Não conseguindo ultrapassar o Golf da rapariga do sinal amarelo nem sequer, por causa do trânsito, pôr-me a seu lado, passei para a TSF.

Não estou com isto a pôr em causa a límpida análise de Raul Vaz. O relato que aqui faço todo ele assente nos balbuciantes alicerces da memória pode não estar ipsis verbis mas, isso posso garantir, é rigorosamente fidedigno. Raul Vaz é um comentarista altamente qualificado penso eu que não o conheço e as suas considerações são profundamente esclarecedoras. Quando esclarecem. Podendo ser vago ou muito rigoroso depende. Penso eu. Portanto isto não sendo uma crítica também não é um elogio.

Puxa vida. O estilo pega-se…