2012/05/15

Homenagem aos 56 portuguese mortos na Galiza pelo franquismo



Notícia obtida junto do Núcleo do Porto do Movimento Não Apaguem a Memória (NAM):

«No passado sábado 12 de Maio, em Monção, teve lugar uma cerimónia oficial de homenagem aos antifascistas portugueses que, na Galiza, no contexto da Guerra Civil de 1936-39, foram assassinados pelos franquistas. O Movimento Cívico “Não Apaguem a Memória!” esteve lá, representado por dois membros do núcleo do Porto, Maria Rodrigues e Manuel Loff.

Com a presença de cerca de 50 participantes, a homenagem aos portugueses que morrerem na Galiza às mãos dos franquistas, realizada em Monção, na margem do rio Minho, junto à ponte internacional, foi uma comemoração plena de dignidade, tendo sido inaugurado oficialmente um monumento granítico em que se inscreve uma placa metálica que fixa o nome de 53 dos portugueses, homens e mulheres, vítimas da repressão franquista durante o período da Guerra Civil.

A cerimónia iniciou-se com a proclamação de cada um dos nomes desses cidadãos portugueses pelas vozes de uma activista do NAM, de um neto de uma das vítimas e de um membro da associação galega “Os Amigos da República”, intercaladas pelo som dos tambores do Grupo de Gaiteiros Galegos.

Depois de desfraldada a lápide, foram proferidos os discursos oficiais do Presidente do Município de Monção, que patrocinou o evento, do reitor da Universidade do Minho e do historiador Fernando Rosas, tendo sido lida a mensagem de Mário Soares, ausente por motivo de doença.

Depois, na Casa-Museu da Universidade do Minho, dirigida por Viriato Capela, que fez a apresentação do projecto “Nomes e Voces”, seguiram-se as comunicações dos investigadores em História Contemporânea Lourenzo Fernandez e Dionísio Pereira, da Universidade de Santiago de Compostela, e da antropóloga Paula Godinho, do ISCTE.

O evento constituiu um momento importante de um ciclo que, particularmente na Galiza, desencadeia linhas de investigação histórica que desocultam os processos de perseguição do regime franquista contra os republicanos.

Dado que esta homenagem se insere num movimento cultural que visa o aprofundamento do conhecimento e a preservação da memória das lutas dos povos peninsulares contra os fascismos, o espectáculo de música popular e dança folclórica que encerrou as comemorações, dinamizado pelo “Grupo da Sé”, reflectiu as variações no gosto e as permutas culturais entre os povos da região correspondente à Galaecia romana.»
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Ver também aqui, ou aqui:

2012/05/13

Homenagem a 56 portugueses mortos pelo franquismo na Galiza

"Monção inaugurou ontem um monumento com os nomes e as cidades de onde eram provenientes de todas as vítimas portuguesas do Franquismo, que foi colocada junto à ponte transfronteiriça."

"Ao início da tarde, os nomes foram lidos durante longos minutos por membros da Associação de Amigos da República de Ourense, União de Resistência antifascistas de Portugal e da associação Não Apaguem a Memória. "

"As conquistas democráticas para as quais contribuíram aqueles que lutaram contra o fascismo em Espanha estão ameaçadas pela actual conjuntura europeia, que afecta
os dois países ibéricos. A ideia foi ontem defendida durante uma homenagem aos 56 portugueses que foram mortos pelo franquismo na região da Galiza, que decorreu junto
à fronteira de Monção."
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As imagens reproduzem a reportagem publicada hoje no jornal Público . (Um clique amplia-as)