O turismo é que está cheio de esperança e o maior cartaz é Evo Morales, o presidente índio. (indígena é o nome politicamente correcto. Indio consideram eles que é apenas um erro de brancos que julgavam ter chegado à Índia quando afinal tinham chegado à América).
Anos e anos de instabilidade, golpes militares, rebeliões populares, 5 presidentes em quatro anos, quatro eleições em que nenhum partido tinha maioria e os presidentes surgiam em geral de coligações de partidos minoritários no parlamento, apadrinhados pela embaixada norte-americana, em La Paz, agora a Bolívia está em paz e é um país estável. Pensam alguns. Talvez a maioria indígena. A corrupta aristocracia branca não partilhará tal desígnio.
Evo Morales conseguiu colocar a Bolívia no mapa. Aconteceu o que nunca tinha acontecido. Na sua investidura estiveram 1.300 jornalistas estranjeiros (com a CNN a enviar imagens exóticas para todo o mundo) que assistiram às três investiduras: a primeira foi a investidura em Tiwanaku, como líder indígena de Bolívia e América Latina, uma espécie de entronização com os ritos das culturas Quechua, Aymara e Tiwanakota. (Foto)
Depois a investidura no congresso com a presença de dez presidentes entre os quais o do Brasil, Argentina, Venezuela e pela primeira vez na história da Bolívia do presidente do arqui-inimigo o Chile em missão de paz e cooperação.
E por fim a investidura popular ao encabeçar o desfile sindical e popular, em La Paz.
Antes da tomada de posse já o périplo internacional e o encontro com os respectivos chefes de Estado (em camisola ou em samarra!): começara a chamar a atenção para este ignorado, e paupérrimo país dos Andes. Foi Cuba, Venezuela, Espanha, Holanda, Bélgica, França, China, Africa do Sul, Brasil, Argentina.
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