Notícia saída na revista VISÃO de 2012 01 19
Intervenção da historiadora e membro da direcção do NAM Irene Pimentel na sessão do 50º aniversário da revolta de Beja (ver posts abaixo):
«Em primeiro lugar, gostaria de manifestar o meu contentamento por poder estar aqui nesta sessão, onde, creio, é principal objectivo retirar do esquecimento um importante acontecimento na luta contra a ditadura. Deve-se dizer que a memória da revolta armada de Beja, na passagem do ano de 1961 para 1962, foi apagada evidentemente, por razões óbvias, pelo próprio regime salazarista, mas também o foi por uma parte da oposição ao regime, que nela não participou. E, no entanto, o punhado de homens e algumas mulheres que generosamente se envolveram no movimento de Beja fê-lo de forma algo nova e diferente do que até aí tinha acontecido, durante o regime ditatorial.
Ao abordar alguns dos episódios de que aconteceu em Beja, procurarei reflectir sobre essa revolta...
Intervenção do historiador António Louçã:
Agradeço às pessoas presentes o interesse pelo tema, que sa fez deslocarem-se aqui nesta tarde de sábado. Aos participantes da Revolta de Beja não agradeço que se tenham levantado em armas contra a ditadura salazarista, porque não procuravam gratidão - procuravam apenas fazer o que era preciso e esse “apenas” era muito. Para alguns foi tudo: o sacrifício de si próprios e de familiares seus, dos confortos, das carreiras, da liberdade e até da vida. E continuam hoje, os vinte e três subscritores do comunicado evocativo da Revolta, a dar testemunho contra esta voragem neo-liberal que ameaça as gerações vindouras.
Valha esta referência como declaração de intenções. O historiador, o jornalista, o investigador ou o estudioso, segundo a amável apresentação do Raimundo Narciso, ao debruçar-se sobre uma iniciativa da envergadura que teve a Revolta de Beja, não pode deixar de vibrar com ela e de tomar partido. Eu, partidário dos insurrectos, me confesso e declaro desde já este parti pris.
Agradeço à associação “Não Apaguem a Memória” o convite para participar nesta comemoração. No nome da associação vai toda uma intenção programática. [continua aqui].
Valha esta referência como declaração de intenções. O historiador, o jornalista, o investigador ou o estudioso, segundo a amável apresentação do Raimundo Narciso, ao debruçar-se sobre uma iniciativa da envergadura que teve a Revolta de Beja, não pode deixar de vibrar com ela e de tomar partido. Eu, partidário dos insurrectos, me confesso e declaro desde já este parti pris.
Agradeço à associação “Não Apaguem a Memória” o convite para participar nesta comemoração. No nome da associação vai toda uma intenção programática. [continua aqui].
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