2015/05/31

Pedro Baptista e o seu 2º livro de Memórias

O Alfa Pendular chegou  a Campanhã ainda não eram 17 h tomei logo ali o "urbano" para S. Bento e fui subindo os Aliados olhando para o espanto daquele portentoso edifício que, com Rui Moreira e a Câmara lá dentro, governa a "Cidade Invicta".
Não foi necessário perguntar onde é que o Pedro Batista ia fazer o lançamento do seu segundo livro de memórias. Logo à entrada do átrio uma banca com resmas do seu livro que a Afrontamento editara dizia-me que a cerimónia seria ali mesmo, no átrio grande do grande edifício da Câmara onde tanta cadeira me pareceu excessivo. Afinal não chegaram pois mal eu me distraíra a observar os cantos da casa uma multidão de amigos e curiosos disputavam os assentos.   Este 2º livro de memórias é uma reflexão sobre o caminho que o Pedro fez de braço dado com Portugal nestes últimos 40 anos.
O Pedro depois dos abraços e dos desvelos com que rodeou a minha chegada:  se tinha chegado bem, que depois me levaria ao hotel, mas antes disso teríamos o jantar com um largo grupo de amigos, correligionários e não correligionários, revolucionários e não revolucionários, gente dos partidos e outros perdidos pelos partidos. Eu acabara de chegar de Lisboa, 300 kms para o lançamento de um livro! Só mesmo o Pedro Batista!!
Convivemos lado o lado no mesmo gabinete durante quatro anos, 1965 a 1999, como deputados na bancada do PS, depois da saga da Plataforma de Esquerda e do acordo com o partido de Jorge Sampaio e a seguir de António Guterres. Só isso pode explicar aqueles 300 kms para saudar o autor  e antigo patrão do Grito do Povo e da OCMLP tudo coisas com que sempre embirrei.
Ele largou-me logo para atender uma chusma de admiradores e admiradores e garatujar umas palavras de simpatia ou louvor, o costume, nos livros que cada um ostentava como um troféu, o que me levou de imediato a olhar bem à volta para ver se descobria alguma coisa de que pudesse dizer mal. Da Câmara, da cidade, dos amigos do Pedro ou dele próprio.
Chegou então o Presidente da Câmara que foi o primeiro a discursar e fez tantos elogios ao Pedro Baptista que eu no fim até lhe disse que me pareciam elogios a mais. Falou em seguida José Manuel Lopes Cordeiro historiador da Universidade do Minho, em seguido o coronel Sousa e Catro, capitão de Abril e por fim Francisco de Assis, do PS e deputado do Parlamento Europeu mas ali, na qualidade de velho amigo do seu amigo. Apresentando o autor e os intervenientes estava José Sousa Ribeiro das Edições Afrontamento.
Dos discursos - influenciado pela comunicação social actual - não vou referir o que de substancial foi dito sobre a História de Portugal e sobre o livro que analisa esta, ao sabor do que o Pedro e a sua OCMLP, foram fazendo para tornar a vida dos Portugueses num inferno, convencidos que os encaminhavam para o paraíso. O que vou relatar são os anexins e destes lembro-me apenas de o Sousa Castro dizer de Rui Moreira que afinal visto assim ao perto, era mais alto do que ele imaginara ao vê-lo pela televisões. Deu gargalhada geral, é claro.
O Pedro Baptista, quando à 6ª feira se despedia dos colegas, na AR, dizia sem receio do despautério: até 2ªf, que "agora vou para Portugal", quando afinal ia apenas para o Porto... Por isso não me fica bem dizer aqui, ao pé dele, que o Porto está lindo, impressionado que fiquei com o belo passeio que demos e com outros amigos seus, dos tempos OMLP, pela Esplanada do Castelo e pelo Passeio Alegre.
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Da contracapa do livro